Resumo de projeto apresentado na FEBRACE 2024 e selecionado por seu potencial na categoria Prêmio Destaque FórumCCNTs 2024
Estudo Fitoquímico e Toxicológico da Chaya (Cnidoscolus aconitifolius): Habilitando o seu Potencial Nutricional no Combate à Insegurança Alimentar Etapa III
A Insegurança alimentar é um problema causado pela desigualdade social provocando fragilidade no aspecto amplo da saúde, conforme define a OMS. Nesse contexto, surgiu a Etapa I do estudo, objetivando vivenciar atividades na Agrofloresta Avós da Terra, localizada em Juazeiro do Norte-CE, estudando uma planta alimentícia não convencional-(PANC) denominada Chaya (Cnidoscolus aconitifolius (Mill.) I.M.Johnst., de origem Mexicana, cultivada no local.
Desenvolveu-se pesquisas bibliográficas e, diante das informações, realizou-se oficinas para produção de pão de Chaya. Na Etapa II, usando uma abordagem qualitativa e quantitativa, criou-se um cordel, uma literatura popular, literatura popular a fim de divulgar os nutrientes da Chaya, além de um Caderno de Receitas alimentícias para divulgação das propriedades e potencial culinário da Chaya. Foi realizada uma oficina culinária na cantina da escola, onde os participantes prepararam e degustaram receitas produzidas usando as folhas de Chaya como ingrediente.
Ao final, respondendo a um formulário avaliando o índice de aceitabilidade-(IA) e atributos sensoriais das preparações. Revelou-se um índice de aceitação IA= 98% para os atributos das preparações usando a Chaya. Na Etapa III, fez-se estudos laboratoriais de prospecção fitoquímica da planta, e experimentos fitotóxicos, no intuito de avaliar se o consumo da Chaya é seguro. Os testes demonstraram a presença de variadas classes químicas importantes, e alta atividade antioxidante. O extrato seco foi submetido a testes para avaliação da mortalidade aguda em Artemia salina, acompanhado de um controle positivo de dicromato de potássio (K₂Cr₂O₇) preparado em DMSO. Após 24h nas diversas concentrações do extrato seco da Chaya não foram observadas Artemias mortas. Na solução controle, a partir da concentração de 50ug/mL de dicromato de potássio, houve a morte de 100% das Artemias.
As análises foram realizadas em triplicata. Outras análises laboratoriais foram realizadas para conhecer a possibilidade de haver toxicidade crônica da Chaya, usando o modelo in vivo Nauphoeta cinerea, e os resultados mostraram não haver queda significativa nos níveis de tiois proteicos, assim como outras avaliações que constataram o haver um benefício da Chayana redução do potencial de estresse oxidativo. Após as análises, foi formulada uma carne vegetal de Chaya e cascas de banana, e a criação de STARTUP com o objetivo de capacitar pessoas para o cultivo ou para plantação individual da Chaya garantindo a produção contínua de folhas, processamento no momento da colheita, armazenamento adequado; criar material didático quanto aos cuidados para preservar a qualidade nutricional das folhas e minimizar o desperdício tornando-a acessível às comunidades de baixa renda, escolas, restaurantes, dentre outros.
A relevância abrange aspectos social, cultural, econômico e ambiental, trazendo alternativas ao combate à insegurança alimentar e nutricional. A replicação Chaya através de estacas nos quintais, torna esses espaços produtivos visando sua disponibilização na comunidade local. O aspecto científico é contemplado com a popularização das informações fitoquímicas da Chaya para seu uso de forma segura.
Autores: Jaylane Cristina Diniz Sousa (Estudante), Gustavo dos Santos Vieira (Estudante), Davi de Souza Silva (Estudante), e Isi Bianca Silva Sobreira (Estudante) Luiza Maria Valdevino Brito (Orientador) e Ana Cristina Diogo Gomes de Melo (Coorientador)
Instituição: E.E.M. Governador Adauto Bezerra
Palavras-chave: Insegurança Alimentar, Cnidoscolus aconitifolius, toxicidade.
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