América Latina e Caribe concentraram 13% dos casos de COVID-19 em todo o mundo; 82% morreram por complicações de DCNTs/CCNTs
Mais de dois anos após a pandemia, as evidências são claras: a COVID-19 desencadeou uma crise socioeconômica e de saúde sem precedentes e devastou comunidades na América Latina e no Caribe (ALC). Com esse pensamento, o Grupo Banco Mundial divulgou o relatório “Construindo Sistemas de Saúde Resilientes na América Latina e o Caribe: Lições aprendidas com a pandemia de COVID-19”.
Conforme é destacado no documento, a América Latina e Caribe representam 8% da população mundial, e cerca de 13% dos casos de COVID-19 em todo o mundo ficaram concentrados nessa região (Peru, México e Equador tiveram maior excesso de mortalidade). Em 2020, a contração do PIB da região atingiu 7%, a maior dos últimos 100 anos e a pior do mundo.
O documento ainda afirma que 82% das mortes na América Latina e Caribe se deram por doenças crônicas não transmissíveis. Chama a atenção que todos os países dessa região estão fora dos objetivos para atender a todas as DCNTs/CCNTs relacionadas à alimentação saudável, metas estabelecidas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Na questão da obesidade, a América Latina e Caribe possui apenas 8% da população global, mas registra 16% de todos as pessoas com essa condição no mundo.
Também foi perceptível que o uso formal de cuidados de saúde entre a população com sintomas de doença diminuiu 62% entre as pessoas de classes sociais mais carentes. Outro agravante social é a crise no sistema de saúde, com exemplo do Peru, país no qual 30% a 40% da população parou de trabalhar, porque sua própria saúde estava em risco, e 7 mil centros de atendimento de primeiro contato foram fechados por falta de pessoal e equipamentos de proteção individual (EPI).
Este relatório resume as principais descobertas sobre os impactos da pandemia na saúde em toda a região. Com base em uma variedade de fontes, incluindo pesquisas conduzidas pelo Banco Mundial, bem como pesquisas de organizações parceiras, governos e especialistas acadêmicos, os três primeiros capítulos investigam três áreas de impacto: impactos nas sociedades, impactos nas pessoas e impactos na saúde sistemas. Em seguida, desenvolve essas percepções em um capítulo final que mapeia um plano de ação de cinco pilares e investimentos inteligentes para os tomadores de decisão considerarem ao traçar um caminho a seguir para criar resiliência na saúde sistemas e melhorar os resultados de saúde para todos.
Acesse o relatório completo, que está disponível em inglês e espanhol. Fonte: Grupo Banco Mundial
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