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Por que a saúde mental é uma prioridade para a ação sobre as mudanças climáticas

As mudanças climáticas representam sérios riscos para a saúde mental e o bem-estar, conclui um novo resumo de políticas da OMS, lançado na conferência Estocolmo+50. A Organização está, portanto, solicitando aos países a incluírem o apoio à saúde mental em sua resposta à crise climática, citando exemplos em de alguns países pioneiros fizeram isso de forma eficaz.


Os resultados coincidem com um relatório recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), publicado em fevereiro de 2022. O IPPC revelou que as mudanças climáticas em rápido crescimento representam uma ameaça à saúde mental e ao bem-estar psicossocial; desde sofrimento emocional até ansiedade, depressão, luto e comportamento suicida.


“Os impactos das mudanças climáticas fazem cada vez mais parte de nossas vidas diárias, e há muito pouco apoio dedicado à saúde mental disponível para pessoas e comunidades que lidam com perigos relacionados ao clima e riscos de longo prazo”, disse Dra. Maria Neira, Diretora da OMS, Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde.


Os impactos da mudança climática na saúde mental são distribuídos de forma desigual com certos grupos afetados desproporcionalmente, dependendo de fatores como status socioeconômico, gênero e idade. No entanto, está claro que as mudanças climáticas afetam muitos dos determinantes sociais que já estão levando a enormes cargas de saúde mental globalmente. Através de uma pesquisa realizada em 2021 com 95 países, a OMS descobriu que apenas 9 países incluíram saúde mental e apoio psicossocial em seus planos nacionais de saúde e mudanças climáticas.


O novo resumo de políticas da OMS recomenda cinco abordagens importantes para os governos abordarem os impactos da mudança climática na saúde mental:

  • Integrar considerações climáticas com programas de saúde mental

  • Integrar o apoio à saúde mental com a ação climática

  • Construir com base em compromissos globais

  • Desenvolver abordagens baseadas na comunidade para reduzir vulnerabilidades, e

  • Fechar a grande lacuna de financiamento que existe para a saúde mental e apoio psicossocial

“Os Estados-Membros da OMS deixaram muito claro que a saúde mental é uma prioridade para eles. Estamos trabalhando em estreita colaboração com os países para proteger a saúde física e mental das pessoas das ameaças climáticas”, disse Dr. Diarmid Campbell-Lendrum, líder climático da OMS e principal autor do IPCC.


Traduzido e adaptado por Lucas Xavier de: Why mental health is a priority for action on climate change


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