O Dia 14 de novembro marca a data do Dia Mundial do Diabetes. Em todo o mundo, diversas organizações promovem campanhas e desenvolvem materiais sobre essa condição crônica não transmissível (CCNT), como divulgaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o portal The Lancet. E nesta publicação você terá acesso a duas importantes publicações sobre uma das condições que mais silenciosas que existem.
Em 2024, o tema do Dia Mundial do Diabetes, definido pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) é "Diabetes e bem-estar".
A OMS divulgou o "Quadro de monitoramento global para prevenção e manejo do diabetes", um material que fornece uma estrutura abrangente para dar suporte aos países no rastreamento e gerenciamento da prevenção, tratamento e resultados do diabetes. Este documento descreve indicadores em 4 domínios: determinantes do sistema de saúde; prestação de serviços; fatores de risco; e resultados/impactos.
A orientação ajuda os países a alinhar seus esforços de monitoramento com as metas globais de diabetes da OMS, o Pacto Global do Diabetes e as metas globais relevantes de CCNTs.
O material ainda enfatiza a importância de coletar, analisar e utilizar dados para informar políticas e alocação de recursos. Indicadores específicos medem aspectos como acesso a medicamentos essenciais, prevalência de fatores de risco-chave e manejo de glicemia e pressão arterial. Cada indicador inclui metadados detalhados, que descrevem definições, fontes de dados e métodos de estimativa, garantindo coleta de dados padronizada e comparações confiáveis entre países. Por meio de monitoramento estruturado, a estrutura auxilia os países a avaliar suas intervenções para o diabetes, identificar lacunas e priorizar recursos. Além disso, a orientação apoia os países a atingir as metas de desenvolvimento sustentável relacionadas à redução de CCNTs e à melhoria da Cobertura Universal de Saúde.
A orientação incentiva a adaptação aos contextos nacionais, enfatizando a integração de métodos inovadores de coleta de dados e tecnologias digitais para melhorar a qualidade e a acessibilidade dos dados. O material contou com a contribuição do pesquisador brasileiro Bruce Bartholow Duncan, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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O portal The Lancet também divulga um importante material nesta data. Intitulado "Tendências mundiais na prevalência e tratamento do diabetes de 1990 a 2022: uma análise conjunta de 1108 estudos representativos da população com 141 milhões de participantes", o abrangente estudo traz números impactantes do diabetes no Brasil e no mundo.
O diabetes pode ser detectado no nível de assistência médica primária, e tratamentos eficazes reduzem o risco de complicações. Não há dados suficientes sobre a cobertura do tratamento para diabetes e como ele mudou, mas The Lancet estima as tendências de 1990 a 2022 na prevalência e tratamento do diabetes para 200 países e territórios.
Ao todo são dados de 1108 estudos representativos da população com 141 milhões de participantes com 18 anos ou mais com medições de glicemia de jejum e hemoglobina glicada (HbA 1c) e informações sobre tratamento de diabetes.
Em 2022, a prevalência de diabetes padronizada por idade no mundo era de 13,9% (12,3–15,8) para mulheres e 14,3% (12,5–16,4) para homens. Estima-se que 828 milhões de adultos tinham diabetes, um aumento substancial de 630 milhões desde 1990. Destes, 420 milhões eram mulheres e 408 milhões eram homens. A Índia (212 milhões) e a China (148 milhões) representaram a maior proporção deste número, seguidas pelos EUA (42 milhões), Paquistão (36 milhões), Indonésia (25 milhões) e Brasil (22 milhões, sendo 10 milhões sem o conhecimento da condição de saúde e/ou tratamento adequado).
Em 1990, a cobertura do tratamento da diabetes padronizada por idade era inferior a 50% em todos os países, exceto 11 países para as mulheres e um para os homens. A cobertura do tratamento padronizado por idade aumentou em 118 países (59%) para mulheres e 98 (49%) para homens, com uma probabilidade posterior de mais de 0,80 de 1990 a 2022. Algumas das maiores melhorias (25–37%) foram observados em países da América Latina (México, Colômbia, Chile, Costa Rica e Brasil), Europa Central e Ocidental (por exemplo Países Baixos, Finlândia e Croácia), Canadá, Coreia do Sul, Rússia, Seychelles e Jordânia para um ou ambos os sexos.
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Fonte: Organização Mundial da Saúde e The Lancet
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