A Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation - WOF), com apoio e tradução do Painel Brasileiro da Obesidade (PBO)/Instituto Cordial, lança o Novo Atlas Mundial da Obesidade 2024, a sexta edição que apresenta estimativas para os níveis e tendências da prevalência da condição no Brasil e no mundo. O lançamento acontece no Dia Mundial da Obesidade.
Em 2024, os temas que ganharam destaque na divulgação do importante documento englobam a obesidade infantil, que aumentou nos últimos anos, os impactos da COVID-19 em todo o mundo, que atinge e influencia no sobrepeso e obesidade na economia e, não menos importante, a probabilidade de atingir metas globais a partir dos números relatados no atual documento.
Das 41 milhões de mortes anuais atribuídas às CCNTs, 5 milhões são impulsionadas pelo IMC elevado (≥ 25 kg/m2) e com base nas tendências atuais, até 2035, mais de 750 milhões de crianças (com idade entre 5 e 19 anos) deverão viver com sobrepeso e obesidade conforme medido pelo índice de massa corporal.
O Brasil é um dos países citados no Atlas e, na atual edição, o crescimento anual de pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) preocupa:
1.9% é o número projetado de adultos com IMC alto (2020-2035)
1.8% número projetado de crianças com IMC alto (2020–2035)
E para 2035 metade das crianças estarão com o IMC elevado. Este número, que atualmente está de 1 a cada 3 crianças no Brasil, pode passar para 50% dos casos entre pessoas de 5 a 19 anos nos próximos 11 anos. Entre as principais atribuições ao IMC elevado em crianças e jovens estão pressão arterial elevada, hiperglicemia e colesterol HDL baixo.
O Atlas apresenta uma série de scorecards nacionais para 186 países, que incluem os dados sobre excesso de peso e condições crônicas não transmissíveis com base em estimativas atuais e projetadas para os jovens até 2035. Estas evidências têm fundamental importância para facilitar e dinamizar decisores políticos para fazerem a diferença.
Por fim, a partir do novo Atlas Mundial da Obesidade é possível concluir que a região das Américas é uma das mais afetadas em todo o mundo com relação à incapacidade e mortes atribuíveis ao sobrepeso e a obesidade, ou seja, a condição se apresenta até mesmo em lugares com de média e baixa renda, que têm a interferência massiva de produtos ultraprocessados e baixo poder aquisitivo, sem a escolha necessária de alimentos mais saudáveis, além de um estilo de vida que propicie a saúde e o bem-estar.
Faça o download do Novo Atlas Mundial da Obesidade 2024 aqui.
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