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100 anos de Insulina: Comemorar ou Reivindicar Avanços em Diabetes? - Cobertura do evento

Na tarde da última sexta-feira (19), o FórumDCNTs promoveu o evento “100 anos de Insulina: Comemorar ou Reivindicar Avanços em Diabetes?”. O evento teve como objetivos falar dos avanços do Brasil em termos de acesso aos diferentes tipos de insulinas; unir esforços para otimizar os cuidados, capacitando e equipando a Atenção Primária para que se torne o hub de controle da epidemia de diabetes e condições crônicas associadas; e engajar diferentes stakeholders e setores para escalar programas e políticas de saúde a fim de prevenir, diagnosticar, monitorar e cuidar com qualidade do diabetes, evitando suas severas complicações e óbitos precoces.

Participam do encontro Dr. Mark Barone, coordenador do FórumDCNTs, Sr. Bruno Helman (Correndo Pelo Diabetes), Dra. Carmen Zanotto (deputada federal), Dra. Denise Franco (ADJ | SBD), Dra. Ariene Carmo (Ministério da Saúde), Dra. Karla Melo (SBD | Glic), Dr. Mauricio Mendonça (Sanofi) e Dra. Hermelinda Pedrosa (D-Foot | SBD).

Dr. Mark Barone iniciou o evento lembrando do Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, e que ainda há muitos casos de pessoas com diabetes que não têm acesso a um tratamento de qualidade. Segundo ele, metade das pessoas que precisam de insulina no mundo não tem acesso ou o acesso é parcial.

O coordenador do FórumDCNTs citou dados do Atlas do Diabetes IDF, que ainda será publicado, que mostram que o número de pessoas com diabetes passou a meio bilhão no mundo todo e essa condição provoca uma morte a cada 5 segundos.

Dr. Mauricio Mendonça citou os eixos importantes a serem tratados no painel: políticas públicas a serem desenvolvidas e aperfeiçoadas; educação, conscientização e formação dos profissionais e das pessoas que vivem com a condição; e acesso sustentável.

Ele ainda fez menção aos pesquisadores canadenses que colaboraram para o tratamento do diabetes e destacou que é importante lembrar daqueles que não tiveram acesso à saúde e morreram por conta do diabetes. “Se nos orgulhamos em dizer que fornecemos os insumos minimamente necessários, precisamos garantir que esses insumos sejam entregues de maneira contínua sem sofrer os cortes que ocorrem."

A deputada federal Dra. Carmen Zanotto destacou em sua fala a necessidade de acesso à tratamento especializado à população, inclusive nas cidades mais remotas dos grandes centros. Uma forma de resolver parte desse problema, segundo ela, é a implementação das teleconsultas em que um médico clínico possa ter acesso ao médico especialista para troca de informações e conhecimentos e, então, a pessoa ter suporte suficiente para o tratamento.


A deputada destacou também a necessidade de compras mais organizadas do Ministério da Saúde para que haja condições adequadas aos usuários no SUS. “Não dá pra ter insulina e não ter agulha. Não dá pra ter agulha e não ter seringa”.

A painelista Dra. Karla Melo (SBD|Glic) falou sobre a incorporação de novas insulinas no país. De acordo com ela, a chegada de biossimilares e a quebra de patente de análogos são motivos para comemorar porque trazem mais competitividade e, consequentemente, mais acesso devido a redução dos custos.

Melo destacou também que é preciso investir na educação, seja dos profissionais seja das pessoas, para que o uso da insulina e biossimilares ocorra de forma adequada.

Durante o painel, a Dra. Denise Franco (ADJ | SBD) lembrou que não adianta ter a melhor tecnologia do mundo se você não tem uma pessoa que saiba usar essa tecnologia. Segundo ela, coisas simples como um pedômetro poderia auxiliar em uma mudança de estilo de vida e sua saúde. Ela ainda falou sobre medicamentos orais, considerados como uma nova tecnologia, que permite uma melhor evolução das pessoas e menores riscos cardiovascular e renal.

Outros pontos importantes foram levantados pela Dra. Hermelinda Pedrosa (SBD). Ela citou a importância da continuidade das ações voltadas para o gerenciamento do diabetes e a necessidade de rastrear as pessoas em diferentes locais, como em farmácias.

Durante sua fala, Pedrosa ressaltou que há desafios sociais que interferem no problema de conter o diabetes no país. Segundo ela, estudos publicados em 2013 mostram que, além da desigualdade socioeconômica do país, há desigualdade metabólica. “Norte e Nordeste mostram dados trágicos de controle da diabetes e a desigualdade socioeconômica reflete na metabólica e precisamos focar nisso”, disse. A última a falar antes do debate no painel foi a Dra. Ariene Carmo, representando o Ministério da Saúde. Ela apresentou as estratégias do Ministério da Saúde para equipar e capacitar a Atenção Primária, com foco na melhora do diagnóstico, do monitoramento e do gerenciamento.

Carmo ressaltou que a relação da má alimentação e a alimentação de ultraprocessados no desenvolvimento do diabetes. De acordo com a representante do Ministério da Saúde, a pasta investiu R$ 221 milhões em 2020 para aumentar os cuidados e atendimento precoce de doenças crônicas, fortalecer o atendimento para pessoas com diabetes, hipertensão e obesidade.

Entre as novidades compartilhadas por ela está o lançamento, nos próximos dias, de um guia de alimentação para pessoas adultas com diabetes que tem como objetivo auxiliar os profissionais da saúde na orientação para as pessoas. Nas considerações finais, Dr. Mauricio Mendonça (Sanofi), ressaltou que é preciso deixar de olhar para o passado e mudar o foco buscando ações revolucionárias na prevenção de gerenciamento do diabetes, como o uso de sensores. “Devemos pensar como fazer propostas de políticas públicas mais inovadoras e que permitam o Brasil evoluir nesses temas”.

Dra. Denise Franco (ADJ | SBD), corroborou com o Dr. Mauricio, porém destacou que a tecnologia não funciona sem o acesso à educação. “Devemos continuar a pensar na incorporação da tecnologia associada à educação do profissional e do paciente.”

Na mesma linha, a Dra. Hermelinda Pedrosa (SBD), finalizou sua participação enfocando no tema do acesso à educação estruturada, fazendo com que a pessoa se transforme em um agente de si próprio e, por parte dos profissionais, que ele se sintam motivados a permanecer onde estão e dar andamento ao seu trabalho. Dra. Karla Melo voltou a destacar que o uso de ferramentas de telemedicina é um bom caminho para o gerenciamento de pessoas que vivem com diabetes. “Cada um fazendo nosso pedaço podemos avançar com passos mais largos”.

Sr. Bruno Helman (CPD), por sua vez, lembrou que a promoção de atividades físicas pode ser um divisor de águas para a pessoa com diabetes. Segundo ele, todos têm que assumir o papel para a melhoria das condições de tratamento e prevenção do diabetes: médicos, pesquisadores, governo e indústrias.

Dra. Ariene Carmo, do Ministério da Saúde, ressaltou que os custos com internação e complicações são altíssimos e uma forma de melhorar essa situação é investir na atenção primária com diagnóstico e prevenção. De acordo com ela, fortalecer ações contra a obesidade é uma forma de colaborar com o gerenciamento do diabetes.


Assista à gravação de todos os trechos do evento em: www.forumdcnts.org/post/webinar-diabetes-2021


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