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OMS lança Relatório sobre Desabastecimento de Medicamentos: 90% dos itens são importados pelo Brasil

Atualmente o Brasil tem o sétimo maior setor manufatureiro do mundo, no entanto, o setor farmacêutico importa 90% da matéria-prima. Esse é um dos dados divulgados em relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), intitulado “Acesso a medicamentos para CCNT: questões emergentes durante a pandemia de COVID-19 e principais fatores estruturais”, que contou com a colaboração do FórumDCNTs.


Com 112 fábricas e 18 centros públicos fabricantes de produtos farmacêuticos, capazes de produzir 16,6 bilhões de unidades farmacêuticas por ano, o Brasil ainda depende muito de produtos importados, como os ingredientes farmacêuticos ativos, que provavelmente explicam o aumento acentuado em notificações de interrupção de medicamentos durante 2020–2021.


Houve desabastecimento dos medicamentos para diferentes CCNTs no Brasil, o que inclui doenças cardiovasculares, respiratórias e de saúde mental, durante a pandemia de COVID-19 (2019-2021). Uma das principais razões foi a falta de ingredientes farmacêuticos ativos, das quais 9 a cada 10 são importados.


As dificuldades de acesso às farmácias também levaram ao desperdício. Por exemplo, a insulina humana regular está disponível nas farmácias públicas locais no Brasil, mas as insulinas análogas devem ser acessadas em serviços especializados, que exigem o deslocamento da maioria das pessoas para lugares distantes. Os entrevistados relataram que, com isso, um grande estoque de análogos de insulina teve que ser destruído porque estava com o prazo de validade vencido.


A pandemia de COVID-19 deixou ainda mais evidente as desigualdades pré-existentes nos cuidados das condições crônicas não transmissíveis. O relatório elaborado pela OMS examina o efeito da pandemia no acesso aos medicamentos para pessoas CCNTs, e as políticas e estratégias implementadas pelos países e sistemas de saúde para antecipar e mitigar as tensões nas cadeias de abastecimento de medicamentos para CCNTs.


Acesse a íntegra do relatório da OMS. Clique aqui.


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