O FórumDCNTs acompanhou de perto os planos para adoção da Resolução do Diabetes na Assembleia Mundial da Saúde da OMS, fundamental para que o mundo avance em planos com metas claras que brequem a escalada de prevalência global de diabetes, suas complicações e óbitos prematuros. Desde o final de 2020, o FórumDCNTs em parceria com seus membros que se dedicam ao tema - Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), ADJ Diabetes Brasil, ANAD, FENAD e Instituto da Criança com Diabetes (ICD) - e com a Federação Internacional de Diabetes (IDF) contataram em diferentes ocasiões o Ministério da Saúde para que o Brasil apoiasse a adoção da Resolução. Como se pode ver nesta resposta ao FórumDCNTs, do Exmo Ministro da Saúde, o Brasil felizmente engajou-se com outros países no apoio à Resolução, que foi aprovada em 27/5/2021. Detalhes no texto da IDF abaixo.
"A Federação Internacional de Diabetes e a NCD Alliance (NCDA) agradecem à Federação Russa e aos co-patrocinadores da Resolução da Assembleia Mundial da Saúde sobre Prevenção e Tratamento do Diabetes, incluindo o acesso à insulina, agora adotada como a Resolução sobre redução da carga de doenças crônicas não transmissíveis por meio do fortalecimento da prevenção e gerenciamento do diabetes.
A adoção desta Resolução ocorre seis semanas após o lançamento do Pacto Global de Diabetes da OMS, que visa responder à epidemia de diabetes reduzindo o risco de diabetes e garantindo que todas as pessoas que são diagnosticadas tenham acesso equitativo a tratamentos e cuidados acessíveis e de qualidade. Reconhece que, no contexto da pandemia de COVID-19, as pessoas que vivem com diabetes e outras condições estão em maior risco de doenças graves e morte devido a interrupções nos cuidados de saúde essenciais, bem como do próprio vírus.
Mais de 460 milhões de pessoas vivem com diabetes no mundo, um número que triplicou nos últimos 20 anos e - sem uma ação decisiva - continuará a aumentar. O diabetes está agora entre as 10 principais causas de mortes globais e uma das principais causas de acidente vascular cerebral, doenças cardiovasculares e renais, cegueira e amputação de membros inferiores. Isso representa um grande fardo para os indivíduos, famílias e aos cofres públicos, especialmente em países de baixa e média renda, onde vivem 79% das pessoas com diabetes.
2021 marca o centenário da descoberta da insulina. Ainda assim, dezenas de milhares de pessoas com diabetes tipo 1, que precisam de insulina para sobreviver, e mais de 30 milhões com diabetes tipo 2, que precisam de insulina, não têm acesso a um medicamento confiável e acessível. É de extrema importância o fato de os governos terem incumbido a OMS a responsabilidade de desenvolver recomendações claras e considerar novas metas para o diabetes. As metas devem ajudar a melhorar as tendências atuais sobre o diabetes, abordando as lacunas no diagnóstico, acesso a tratamento de qualidade (incluindo especificamente insulina, insumos e tecnologias associadas) e para a prevenção de diabetes tipo 2. A prevenção da obesidade por meio de ações para melhorar a alimentação da população, principalmente para diminuir o consumo de alimentos e bebidas ultraprocessados, é também muito importante pois a obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. É particularmente bem-vindo que os governos tenham reconhecido a relação entre diabetes e desigualdades na saúde, que foram expostas e exacerbadas pela pandemia de COVID-19, e que os governos tenham apelado à ação 'para promover e implementar medidas políticas, legislativas e regulatórias, visando minimizar o impacto dos principais fatores de risco para o diabetes e promover um alimentação saudável'.
A OMS também terá a tarefa de desenvolver recomendações para o financiamento sustentado da prevenção e gerenciamento do diabetes, inclusive em ambientes com recursos limitados, e para atender às necessidades das populações desfavorecidas e marginalizadas." Texto adaptado da IDF news: https://www.idf.org/news/225:idf-ncda-statement-wha-resolution.html
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